O dia em que o Islã quis explodir o Brasil

Corriam os anos 90,sob Collor. O presidente achava que, ao sediar um evento dessa magnitude, ganharia uma cadeira perene do Brasil no Conselho de Segurança da ONU.

Recebo um telefonema do então chefe da Interpol, delegado Romeu Tuma Jr, alvoroçadamente contando que ele descobrira um plano para explodir todo o pavilhão da ECO-1992. Vou até ele e me são mostradas fichas e fichas com degravações da voz de Abu Nidal, encomendando o ataque.

O atentado não ocorreu. Mas foi a primeira vez que foi detectado um atentado de islâmicos terroristas contra o Brasil.

Abu Nidal, codinome  de Sabri Khalil al-Banna (Jafa, maio de 1937 — Bagdá, 16 de agosto de 2002), foi um dos militantes líderes do grupo Fatah, mais comumente conhecido por liderar a Organização Abu Nidal (ANO), uma facção de militantes que defendiam a causa palestina, por um viés mais radical, envolvendo-se em diversos ataques terroristas, sobretudo na década de 1970[1].

Seu nome  significa “pai da luta”.

Al-Banna passou a integrar o grupo Fatah, um braço da Organização Para a Libertação Palestina, associação que lutava pela independência da Palestina frente ao domínio israelense. Em 1973, ele abandonou a Organização em decorrência da dissidência em relação às novas políticas de Yasir Arafat, que buscava soluções moderadas e diplomáticas para a questão palestina. Desde então, fundou sua própria organização, a Organização Abu Nidal (ANO), não mais relacionada à Fatah, atuando no Iraque, Síria e, posteriormente, Líbia, recebendo suporte dos governos destes países. Em função de ataques à palestinos que possuíam atuações políticas diferentes da sua, Banna foi condenado à morte, em 1974, por um tribunal do

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