Pix bate recorde, com R$ 15,3 trilhões transferidos em 2023, e se prepara para concorrer com cartão de crédito

O Pix bateu recorde de movimentação em 2023, com R$ 15,3 trilhões transferidos por 143 milhões de pessoas físicas. O valor é quase o triplo de 2021 e 40% maior que 2022.

Para 2024, o Banco Central quer lançar o Pix Automático, que vai permitir pagamentos programados e recorrentes, como contas de serviços e planos de saúde. O presidente do BC, Roberto Campos Neto, disse que o objetivo é tornar o Pix mais competitivo com o cartão de crédito.

A mudança será mais profunda para as empresas e pequenos e médio empreendedores. Hoje, as pessoas jurídicas precisam firmar um acordo com cada banco para oferecer um serviço com pagamento mensal automático, em crédito ou débito. Esse processo é acompanhado de tarifas e toda uma cadeia logística.

No Pix automático, com o sistema único, não haverá a necessidade de convênio entre diversos bancos, mas apenas um. Logo, o processo será mais direto.

Outro efeito, segundo o BC, deve ser a redução dos custos para as empresas recebedoras. Além disso, a funcionalidade pode ajudar a diminuir os índices de inadimplência que atrapalham o fluxo de caixa dos negócios.

— Essa utilidade irá substituir o débito automático de contas recorrentes e com periodicidade definida. Isso pode fazer com que o DDA (Débito Direto Autorizado) e o débito automático percam espaço — avalia Rafael Guazelli, advogado especialista em direito bancário.

A nova funcionalidade do sistema de pagamento instantâneo será um complemento para o chamado Pix Agendado, usado somente entre pessoas físicas.

Esse agendamento pode ser usado no pagamento de doações, mesadas, aluguéis, entre outros pagamentos recorrentes entre duas pessoas.

Inicialmente prevista para abril do próximo ano, a ferramenta foi adiada para outubro de 2024. A estimativa foi ajustada, segundo o Banco Central, em função da complexidade do novo produto e o tempo necessário para desenvolver o papel de cada um dos participantes. O BC também fala em “questões organizacionais” internas.

Com informações de O Globo

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