Taxa de desemprego no Brasil vai a 7,7% no trimestre terminado em setembro, patamar mais baixo desde 2015

No terceiro trimestre de 2023, o cenário do desemprego no Brasil apresentou uma queda de 0,3 ponto percentual em comparação ao trimestre anterior, aponta a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua Trimestral, divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quarta-feira (22).

No terceiro trimestre de 2023, a taxa de desemprego atingiu 7,7%, menor patamar desde fevereiro de 2015, enquanto o contingente de pessoas ocupadas ultrapassou 99,8 milhões, atingindo o maior patamar desde o início da série histórica em 2012.

Apesar da queda ter sido registrada em 19 estados, a análise estadual indica que, contrariando a tendência nacional, apenas três unidades da federação contribuíram significativamente para esse declínio: Acre, Maranhão e São Paulo. 

A coordenadora da pesquisa, Adriana Beringuy, destacou o desempenho de São Paulo, cuja redução na taxa de desocupação de 7,8% para 7,1% foi determinante para equilibrar o desempenho menos favorável em outros estados.

“A queda no Brasil não foi um processo disseminado nos estados. A maior parte das UFs mostra uma tendência de redução na taxa de desocupação, mas apenas três estados registram queda estatisticamente significativa, principalmente por conta da redução da desocupação. E São Paulo tem uma importância dado o contingente do mercado de trabalho, o que influencia bastante a queda em nível nacional”,disse Beringuy, de acordo com o jornal O Globo

Os dados também revelam que, nacionalmente, o número de pessoas em busca de emprego por mais de dois anos teve uma queda significativa de 28,2%, em comparação com os terceiros trimestres de 2022 e 2023. Na faixa de procura entre um e dois anos, a queda foi de 14,2%.

Apesar dos avanços, o contingente de trabalhadores informais no Brasil permanece elevado, com aproximadamente 39% da população ocupada nessa condição. As regiões Norte (52,8%) e Nordeste (51,8%) lideram nesse cenário.

A análise por estado revela que as maiores taxas de informalidade foram registradas no Maranhão (57,3%), Pará (57,1%) e Amazonas (55,0%), enquanto Santa Catarina (26,8%), Distrito Federal (30,6%) e São Paulo (31,3%) apresentam as taxas mais baixas.

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