O homem preso neste domingo (12) no Rio de Janeiro pela Polícia Federal no âmbito da Operação Trapiche, em parceria com o Mossad, suspeito de ser recrutado para atos terroristas a mando Hezbollah, disse em depoimento à PF que é cantor de pagode. Identificado como Michael Messias, o músico disse que esteve no Líbano duas vezes a convite e com todas as despesas pagas pelo sírio naturalizado brasileiro Mohamad Khir Abdulmajid, procurado pela Interpol.
De acordo com reportagem do G1, Michael alegou no interrogatório que “foi procurado pelo Mohamad para fazer apresentações de pagode no Líbano e negou tanto ter envolvimento com o Hezbollah quanto ter recebido proposta para colaborar com o terrorismo”, destaca.
Ainda de acordo com a reportagem, a polícia busca agora pelos “intermediários recrutadores”: pessoas supostamente contratadas no Brasil por Mohamad para ir atrás de brasileiros interessados em aceitar dinheiro para integrar células do Hezbollah nas áreas de logística e inteligência para a prática de atentados.
Além do sírio naturalizado brasileiro, um libanês, que também está em Beirute, é procurado pela Interpol por envolvimento no caso. Os investigadores acreditam que o sírio e o libanês são os responsáveis pelo aliciamento para o Hezbollah no Brasil.