Servidores da Abin dizem ter detectado ameaças ao evento que rememora os atos golpistas de 8/1

Uma associação de servidores da Agência Brasileira de Inteligência divulgou, neste domingo, uma nota sobre os atos golpistas de 8 de janeiro. No documento, a União dos Profissionais de Inteligência de Estado da ABIN (Intelis) diz ter detectado “ameaças ao aniversário da fatídica data”, sem dar mais detalhes.

Nesta segunda-feira, está prevista uma série de eventos para marcar o aniversário dos atos golpistas. O principal deles vai ocorrer no Salão Negro do Congresso Nacional e deve reunir cerca de 500 pessoas. Organizado pelo Planalto, Supremo e Congresso, o ato foi batizado de “Democracia Inabalada”.

Ministros, parlamentares, governadores, além dos presidentes dos Três Poderes e comandantes das Forças Armadas, deverão comparecer ao evento. A segurança no entorno foi reforçada.

O documento de três páginas faz uma defesa da agência. “Desde sua criação em 1999, os profissionais de Inteligência de Estado da Abin tem atuado para proteger as instituições democráticas e o processo eleitoral”, diz a nota.

A agência cita a “defesa das urnas eletrônicas”, o “combate a tentativas de interferência eleitoral” e o “monitoramento de grupos extremistas” como exemplos de atuação em favor da democracia.

A nota dos servidores também faz menção às recentes controvérsias e investigações envolvendo a agência e fala em “ataques mal intencionados” e “desvios individuais”:

“Mesmo em meio a ataques de atores mal intencionados, que tentam atribuir malfeitos à ABIN e aos seus servidores e transformar alegados desvios individuais em ataques políticos para a desestabilização de toda a instituição, seguimos trabalhando incansavelmente (…) detectando ameaças ao aniversário da fatídica data do dia 08”, diz ainda o documento.

A Abin é alvo de um inquérito da Polícia Federal pelo uso do programa de monitoramento First Mile. A investigação teve início após reportagem do jornal O GLOBO revelar que a Abin usou o sistema capaz de monitorar a localização de até 10 mil números de celulares nos três primeiros anos do governo de Jair Bolsonaro.

Segundo as investigações, foram identificados entre os alvos políticos, jornalistas, advogados e adversários do ex-presidente.

Com informações do GLOBO.

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