A plataforma de compartilhamento de vídeos Rumble anunciou nesta sexta-feira (22) que desabilitará acesso de todos usuários no Brasil enquanto desafia judicialmente ordem do tribunal brasileiro para censurar determinados criadores de conteúdo.
O CEO da Rumble, Chris Pavlovski, revelou a decisão em postagem em suas redes sociais, destacando que as ordens judiciais entraram em conflito com a missão da empresa de “restaurar uma internet livre e aberta”.
“Usuários com visões impopulares têm a liberdade de acessar nossa plataforma nos mesmos termos que nossos milhões de outros usuários”, escreveu Pavlovski. “Consequentemente, decidimos desabilitar o acesso à Rumble para usuários no Brasil enquanto contestamos a legalidade das exigências dos tribunais brasileiros.”
Em outra postagem, Pavlovski observou que a Rumble é “a única empresa em nossa escala que defende a liberdade de expressão e os valores americanos“, e que espera que um dia outras grandes empresas de tecnologia façam o mesmo.
O jornalista Glenn Greenwald, que reside no Brasil e apresenta o programa “System Update”, na Rumble, destacou que o Supremo Tribunal Federal (STF) está “consumido pela censura ao discurso político”.
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Esta é a segunda vez que a Rumble suspende o serviço em um país devido a uma disputa sobre censura. Em novembro de 2022, Pavlovski desafiou as ordens da França para censurar determinadas fontes em russo, citando a missão da empresa.
Pavlovski, empreendedor de tecnologia canadense, fundou a Rumble em 2013 após observar o YouTube dar prioridade a influenciadores depois de ser adquirido pelo gigante das buscas Google. A plataforma cresceu em popularidade a partir de 2020 com a chegada de conservadores americanos.
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