Para jamais se esquecer dos crimes da JBS/J&F: por Claudio Tognolli

Vamos lembrar:

Ocorrido no dia 17 de maio de 2017, o Joesley Day foi o dia que houve a divulgação do conteúdo de uma conversa entre o ex-presidente Michel Temer e Joesley Batista, da JBS, estabelecendo uma crise política que comprometeu a aprovação da reforma da previdência naquele momento.

Na conversa, Michel Temer dava aval para que fosse comprado o silêncio do ex-presidente da câmara de deputados, Eduardo Cunha.

Vamos lembrar:

O diretor da JBS Ricardo Saud afirmou em sua delação premiada que a empresa distribuiu propinas por atacado no meio político brasileiro, detalhando os nomes de mais de mil beneficiários. Em depoimento prestado à Procuradoria- Geral da República (PGR), ele revelou que 1.829 candidatos, de 28 partidos das mais variadas colorações, receberam dinheiro do grupo controlado pelos irmãos Joesley e Wesley Batista.

As doações ilícitas foram de quase R$ 600 milhões. O grosso dos recursos, segundo o delator, foi destinado a candidatos em troca de contrapartidas no setor público. “Tirando esses R$ 10, R$ 15 milhões aqui, o resto tudo é propina. Tudo tem ato de ofício, tudo tem promessa, tudo tem alguma coisa.

Vamos lembrar:

A J&F , controladora da JBS, abriu mais uma frente para tentar anular a venda da Eldorado Celulose para a Paper Excellence. Depois de tentar alterar a lei de arbitragem e de invocar a restrição das terras estrangeiras, a holding dos irmãos Batista entrou com um pedido no Supremo Tribunal Federal para obter uma extensão da decisão que anulou as provas apresentadas pela Odebrecht em seu acordo de leniência durante a Operação Lava Jato.

Vamos lembrar:

Nos últimos dias, a J&F bateu às portas do Supremo Tribunal Federal (STF) com um pedido para ter acesso ao acervo de mensagens hackeadas de procuradores da Lava-Jato que, entre outras coisas, mostrou que o então juiz Sergio Moro agia com parcialidade em casos do petrolão e levou à anulação de sentenças e decisões que ele havia proferido contra o presidente Lula. É nessas mensagens, acredita a empresa, que ela conseguirá encontrar elementos para sustentar a tese de que, não só nos casos do petista, mas também nos dela própria teria havido irregularidades.

Vamos lembrar:

O Ministério Público Federal (MPF) encaminhou ao Supremo Tribunal Federal (STF) uma dura manifestação contra a nova manobra da J&F, holding dos irmãos Joesley e Wesley Batista, para tentar reduzir a multa bilionária que se comprometeram pagar em acordo de leniência e para não entregar o controle da empresa Eldorado Eldorado Celulose, vendido à multinacional Papper Excelllence.

O procurador Anselmo Lopes, do MPF, demonstra em sua manifestação inverdades contidas em petição da J&F ao ministro Dias Toffoli, do STF, fruto de presunção e de matéria de site jornalístico que considera sem fundamento.

Tudo isso mostra como o grupo J&F, controlador da JBS, mantém uma máquina de negacear, dando aulas públicas de que tudo pode ser comido pela borda, de que as regras do jogo podem ser mudadas aos 46 do segundo tempo, caso isso seja necessário para manter funcionando a maior esquema de ilicitudes do mundo moderno

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