O ódio a Israel nas universidades dos EUA: Por Sérgio Sá Leitão

Salve! O professor de ciência política Ron E. Assner, da Universidade da Califórnia em Berkley, contratou uma empresa de pesquisas para tentar entender o que acontece nas universidades dos Estados Unidos, onde foram realizadas diversas manifestações contrárias a Israel e a favor da organização terrorista Hamas e da Palestina. Essas manifestações consagraram o slogan “From the river to the sea / Palestine will be free” (“Do rio ao mar / A Palestina será livre”). Trata-se de um slogan ao mesmo tempo antissionista (pois  propõe a destruição de Israel) e antissemita (pois propõe o extermínio de 7 milhões de judeus que moram em Israel). O rio e o mar em pauta são o Jordão e o Mediterrâneo; e entre ambos, além de Gaza e da Cisjordânia, está Israel. Pois bem. Foram entrevistados 250 estudantes em universidades de diversos estados norte-americanos. Nada menos do que 86% responderam que apoiam o slogan (32,8%, entusiasticamente). Mas… Apenas 47% dos estudantes que  o fazem souberam identificar o rio e o mar citados; e 75% dos que viram o mapa mostrado pelos pesquisadores mudaram de opinião quando entenderam que o slogan sugere o fim de Israel. Ou seja… Mais uma vez, o radicalismo e a ignorância estão andando de mãos dadas. São as duas faces de uma mesma moeda: a moeda da barbárie. Vale a pena ler o artigo que Ron E. Assner escreveu sobre a pesquisa no The Wall Street Journal. A conclusão é exata: “Não há vergonha em ser ignorante, a não ser que você esteja gritando pelo extermínio de milhões.” É chocante constatar que tantos estudantes universitários são incapazes de fazer um juízo moral adequado sobre algo tão óbvio (não é moralmente aceitável apoiar o genocídio de judeus ou de qualquer povo); e são levianos a ponto de apoiar um slogan extremista sem se informar direito. Isso mostra que há algo profundamente errado com a educação desses jovens e com as universidades em que estudam. O que, aliás, se tornou ainda mais claro ontem, com o depoimento de reitoras de três grandes universidades no Congresso dos Estados Unidos. Elas se recusaram a dizer se consideram que a defesa do fim de Israel e do extermínio de judeus configura assédio e é uma postura passível de investigação e punição; e se isso fere o estatuto das instituições que dirigem. Se as reitoras relativizam o antissemitismo e o discurso de ódio contra judeus… O que esperar dos alunos? Enquanto isso, há cerca de 140 reféns do terror em Gaza; o Hamas segue lutando para aniquilar Israel e os judeus; Israel continua sua cruzada para libertar os reféns e derrotar o Hamas; e a causa da paz e da coexistência pacífica entre dois estados, Israel e Palestina, permanece distante, sabotada pelo radicalismo e pela ignorância.

Sérgio Sá Leitão Assumiu o Ministério da Cultura (MinC) no governo Michel Temer em 25 de julho de 2017 e foi Secretário da Cultura do Estado de São Paulo entre 2019 e 2023 nas gestões dos governadores João Dória e Rodrigo Garcia.

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