O inimigo enquanto cacife político e arrebatador de rebanhos: por Claudio Tognolli

O ex-ministro e ex-presidente da Câmara dos Deputados Aldo Rebelo classificou de “fantasia” a tese de que houve uma tentativa de golpe de Estado em 8 de janeiro do ano passado, quando bolsonaristas invadiram a  Praça dos Três Poderes e depredaram a sede do Supremo Tribunal Federal (STF), o Palácio do Planalto e o Congresso. Na visão de Aldo, o objetivo de petistas e seus seguidores é manter a polarização política e, dessa forma, promover uma aliança entre Executivo e Judiciário para se contrapor à influência do Judiciário.

“Faz bem à polarização atribuir ao antigo governo a tentativa de dar um golpe. Criou-se uma fantasia para legitimar esse sentimento que tem norteado a política nos últimos anos. É óbvio que aquela baderna foi um ato irresponsável e precisa de punição exemplar para os envolvidos. Mas atribuir uma tentativa de golpe a aquele bando de baderneiros é uma desmoralização da instituição do golpe de Estado“, disse Aldo em entrevista ao Poder360.

Aldo foi num ponto que nessa um ano de aniversário na baderna é inincontrável em sites progressistas e de esquerda: a polarização política. Há algumas obras clássicas que mostram que é mais fácil agregar uma massa ao teu redor quando apontas a ela um inimigo a ser combatido. Isso consta de Massa e Poder (Le Bon), 1905, Psicologia das Massas (Freud), 1920, também de toda obra de Wilhelm Reich e a partir dos anos 40 do clássico Ortega y Gasset, Rebelião das Massas.

É isso aí: aponte um demônio a ser combatido e terás o reino dos céus…

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