Faltando apenas uma semana para o aniversário dos ataques golpistas do dia 8 de janeiro, quando militantes bolsonaristas e de extrema direita invadiram e depredaram as sedes dos Três Poderes, em Brasília, advogados que representam os investigados na intentona golpista estão preocupados diante da recente mudança de comando no Grupo Estratégico de Combate aos Atos Antidemocráticos da Procuradoria-Geral da República (PGR).
Com a posse do procurador Paulo Gonet, o subprocurador Carlos Frederico tomou a decisão de disponibilizar seu cargo, permitindo que o novo procurador-geral escolha sua própria equipe. “Só que, neste primeiro momento, o próprio Gonet e seu vice, Hindemburgo Chateaubriand, assumirão os inquéritos, o que tem causado inquietação nos advogados”, destaca o jornalista Lauro Jardim em sua coluna no jornal O Globo.
A forte ligação de Gonet com o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, que apoiou sua indicaçao à PGR, tem sido motivo de apreensão para as defesas, que temem um endurecimento das punições. No entanto, aqueles que estiveram em contato com Gonet afirmam que ele está comprometido com o respeito à função de aplicar a lei.