Minhas Previsões para 2024 a 2034: Uma Visão Cautelosa: Por Stephen Kanitz

Decidir fazer dívidas ou comprar ações, apenas com base em previsões para 2024 não é só imprudente, é arriscado. Muitos economistas estão focados apenas em 2024, e isso pode ser perigoso. Comprar ações em 2024 sem considerar o que acontecerá em 2025 é uma estratégia que não faz sentido. Os próximos dez anos provavelmente não serão tão promissores quanto muitos estão esperando. O Brasil tem mais semelhanças culturais com a Itália do que com a Argentina ou Venezuela. Desde 2008, a Itália não tem visto crescimento econômico. Pior ainda, a renda per capita está em declínio devido a vários problemas não resolvidos, incluindo corrupção.

Listei 450 problemas não resolvidos no Brasil no meu blog e, infelizmente, estamos seguindo um caminho similar ou até pior. Não só deixaremos de crescer em termos de renda per capita, mas se continuarmos como a Itália poderemos regredir cerca de 1,5% ao ano. Prepare-se para ganhar 15% a menos em 2034. Eu estou me preparando para uma redução de 30% na minha renda, mas posso me virar com 70%. Você também conseguirá sobreviver com 85%, mas não se fizer dívidas em 2024.

Fernando Haddad quer que você se endivide em 2024 para impulsionar a economia e fortalecer sua candidatura em 2026. Mas essas dívidas se tornarão um fardo com um corte de 15% na renda, e você corre o risco de perder sua casa e carro. Com o nosso sistema de previdência, de 2024 a 2034, a renda será concentrada nos aposentados, que receberão 100%. Os mais jovens ganharão menos, agravando o problema. Os aposentados geralmente não investem em casas ou carros novos, setores importantes para a economia. A maioria vai gastar em viagens internacionais, reduzindo nosso PIB. Os juros podem cair, mas sem resolver a questão da previdência, a economia reagirá pouco. Não teremos financiamento para crescer, e nossa indústria está sucateada, idade média de 15 anos, tudo tecnologicamente obsoleto. Muitos funcionários públicos, inclusive eu, sonham com a aposentadoria e não apoiarão uma reforma previdenciária significativa. Analisando 10 anos para frente, não vejo por que investir em imóveis, na Bolsa, no crescimento do Brasil, por mais otimistas que alguns economistas estejam com relação a 2024.

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