Líder supremo do Irã diz que haverá “dura resposta” ao atentado que matou mais de cem pessoas no país

O líder supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei, afirmou que haverá uma “dura resposta” aos responsáveis pelo atentado a bomba que matou pelo menos 103 pessoas e feriu 141 nesta quarta-feira (3). O ataque ocorreu durante uma procissão que homenageava o general Qassem Soleimani, morto há quatro anos. O atentado aconteceu na cidade de Kerman, no sul do país, onde Soleimani está enterrado

Duas bombas explodiram perto do local do sepultamento, causando pânico e destruição. Segundo o porta-voz dos serviços de emergência, Babak Yekta Parast, muitos feridos estão em estado crítico e podem ser transferidos para Teerã.

O ataque ocorre em meio a uma escalada de tensão no Oriente Médio, após a morte do vice-líder do Hamas, Saleh al-Aruri, em um ataque de drone em Beirute, atribuído a Israel. O presidente do Irã, Ebrahim Raisi, condenou o ato e disse que os culpados serão punidos.

O presidente iraniano, Ebrahim Raisi, também condenou o atentado e disse que os autores “deste ato covarde em breve serão identificados e castigados por seu ato odioso pelas capazes forças de segurança e da ordem pública”.

“Os inimigos da nação devem saber que tais ações nunca poderão perturbar a sólida determinação da nação iraniana”, afirmou Raisi em um comunicado.

O caso está sendo tratado como “ataque terrorista” pela TV estatal iraniana, mas nenhum grupo extremista reivindicou a autoria das ações até o momento. O governo decretou luto nacional.

Na sequência do incidente terrorista em Kerman, o governo declarou que quinta-feira (4) será um dia de luto público em todo o país, anunciou a televisão estatal nesta quarta-feira.

As explosões aconteceram com cerca de 10 minutos de diferença uma para a outra, segundo a Tasnim, uma agência de notícias semioficial do Irã associada à Guarda Revolucionária. Multidões se reuniam para celebrar o quarto aniversário da morte de Soleimani, morto aos 62 anos em um ataque por drone dos EUA na saída do Aeroporto Internacional de Bagdá, no Iraque, em 2020. Na época, o então presidente dos EUA, Donald Trump, afirmou que foi uma resposta aos ataques contra interesses americanos em solo iraquiano.

As bombas foram posicionadas próximo à mesquita Saheb al-Zaman, onde está localizado o túmulo de Soleimani, na cidade de Kerman, no sul do Irã. Imagens na Internet mostraram multidões tentando fugir do local enquanto a equipe de segurança isolava a área. A televisão estatal mostrou ambulâncias e equipes de resgate no local.

Com informações de O Globo

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