China apresenta plano de 5 pontos para resolver o conflito israelo-palestino

Sputnik

O Ministério das Relações Exteriores da China publicou nesta quinta-feira (30) um roteiro de cinco pontos para acabar com o conflito israelo-palestino que já dura mais de 75 anos.

No plano, a China apela à cessação imediata das hostilidades, à proteção da população civil, à solução de dois Estados para ambos os povos e à fundação do Estado independente da Palestina nas fronteiras de 1967 e com a sua capital em Jerusalém Oriental.

O primeiro ponto sublinha a necessidade de parar as ações armadas e cessar a guerra, apelando às partes beligerantes para que estabeleçam imediatamente um armistício humanitário sólido e estável.

Quanto ao segundo ponto, a China exige que o governo de Israel e o movimento palestino Hamas garantam a proteção efetiva da população civil e apela ao fim das violações do direito humanitário internacional, dos ataques à população civil e às instalações civis. Ele sublinha que o Conselho de Segurança da ONU (CSNU) deve enviar um sinal claro, rejeitar o despejo forçado da população palestina e apelar à libertação imediata de todos os civis detidos e reféns.

O terceiro ponto é dedicado à ajuda humanitária. Pequim sublinha que as partes opostas devem evitar privar a população da Faixa de Gaza de bens e serviços essenciais, organizar canais para levar ajuda humanitária a Gaza e facilitar o acesso humanitário rápido, seguro, sem entraves e sustentado para evitar uma catástrofe humanitária mais grave. O CSNU deve encorajar a comunidade internacional a se preparar para colaborar na reconstrução de Gaza no pós-guerra.

No quarto ponto, a China defende a expansão dos países mediadores. Em particular, destaca que o CSNU tem de resgatar o papel significativo dos países da região e das organizações regionais, apoiar os esforços de mediação do secretário-geral da ONU, encorajar os países que têm influência nas partes beligerantes, manter-se fiel a um objetivo e posição neutra e desempenhar um papel construtivo na desescalada da crise.

E, finalmente, a China considera que a solução passa pela implementação do plano de dois Estados para os dois povos, pelo restabelecimento dos direitos legítimos do povo palestino e pela criação de um Estado palestino independente e soberano nas fronteiras de 1967 e com capital em território palestino no leste de Jerusalém.

Pequim também apela à convocação de uma conferência de paz internacional mais representativa e eficaz, na qual sejam formulados um roteiro e um plano para retomar a solução de dois Estados entre Israel e a Palestina.

A nova espiral do conflito israelo-palestino eclodiu no dia 7 de outubro, após uma operação surpresa do braço militar do Hamas contra Israel. As tropas do país judeu, em retaliação, devastaram a Faixa de Gaza bombardeando casas, hospitais, escolas, templos e outras instalações civis no enclave.

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