Brasileiros estão otimistas e vão gastar mais em 2024, aponta pesquisa

O brasileiro demonstra otimismo para o ano de 2024, refletindo em uma expectativa de aumento no consumo, de acordo com pesquisa realizada pelo Instituto Locomotiva em dezembro e divulgada pelo jornal Valor. Segundo o levantamento, 86% dos entrevistados acreditam em melhorias gerais em suas vidas neste novo ano, destacando-se a perspectiva positiva em diferentes aspectos, como financeiro (82%), saúde (79%), vida profissional (78%) e familiar (78%). A intenção de realizar promessas de Ano Novo também é evidente, sendo que 67% dos participantes pretendem fazê-las, com 55% planejando adquirir um bem ou realizar um desejo de consumo.

Renato Meirelles, presidente do Instituto Locomotiva, ressalta que o otimismo observado reflete uma mudança em relação ao ano anterior, marcado por desafios financeiros, estresse emocional e inflação elevada. Os mais jovens, aqueles com ensino superior e a população negra destacam-se como os grupos mais otimistas na pesquisa. Meirelles destaca que, apesar da polarização política, o cotidiano das pessoas parece estar mais tranquilo, o que contribui para a percepção positiva em relação ao futuro.

A pesquisa também revela que, embora a avaliação do governo mantenha-se polarizada, com eleitores de diferentes candidatos enxergando melhorias ou sendo mais pessimistas, a perspectiva individual é mais otimista do que a visão coletiva. Cerca de 86% dos entrevistados estão otimistas em relação às suas próprias perspectivas, enquanto 46% demonstram otimismo em relação ao Brasil.

Apesar do cenário positivo, a pesquisa destaca desafios a serem enfrentados, como a democratização da internet. O acesso limitado à tecnologia digital, especialmente em relação à internet, pode impactar a concretização do otimismo da população. A pesquisa foi realizada pela internet em dezembro, contando com 1.036 participantes, e possui margem de erro de três pontos percentuais. 52% dos entrevistados pertencem à classe C, 30% às classes A e B, e 18% às classes D e E. Além disso, 53% se declararam negros.

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