A Arquidiocese de São Paulo publicou nota na noite desta quarta-feira (3) manifestando “perplexidade” diante da possibilidade de a Câmara Municipal de São Paulo instalar uma. Com instalação de uma CPI contra o padre Julio Lancellotti, com deputado federal Guilherme Boulos (Psol-SP) liderando as pesquisas de intenção de voto para prefeito da capital paulista, a direita já se articula em ano eleitoral, promovendo a instalação da CPI das ONGs, de autoria do vereador Rubinho Nunes (União), ex-MBL. A previsão é de que a comissão seja instalada assim que a Câmara retomar os trabalhos, em fevereiro. Ela terá como principal alvo a atuação do padre Júlio Lancellotti na região central da capital, mais especificamente na cracolândia, e a relação dele com as entidades.
A Arquidiocese questiona: “por quais motivos se pretende promover uma CPI contra um sacerdote que trabalha com os pobres, justamente no início de um ano eleitoral?”.
Leia a nota na íntegra:
Acompanhamos com perplexidade as recentes notícias veiculadas pela imprensa sobre a possível abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que coloca em dúvida a conduta do Padre Júlio Lancellotti no serviço pastoral à população em situação de rua. Perguntamo-nos por quais motivos se pretende promover uma CPI contra um sacerdote que trabalha com os pobres, justamente no início de um ano eleitoral?
Padre Júlio não é parlamentar. Ele é o Vigário Episcopal da Arquidiocese de São Paulo “para o Povo da Rua” e exerce o importante trabalho de coordenação, articulação e animação dos vários serviços pastorais voltados ao atendimento, acolhida e cuidado das pessoas em situação de rua na cidade.
Reiteramos a importância do trabalho da Igreja junto aos mais pobres da sociedade.