Após 3 meses de investigação, Exército pune 38 militares por furto de metralhadoras, mas pede prazo maior para concluir inquérito

A Justiça Militar da União autorizou “em caráter excepcional” a prorrogação do prazo do Inquérito Policial Militar (IPM) aberto pelo Exército para apurar e apontar as responsabilidades criminais sobre o furto de 21 metralhadoras do Arsenal de Guerra na cidade de Barueri, na Grande São Paulo.

A expectativa era que a investigação fosse concluída ainda em dezembro, mas o prazo foi estendido até dia 17 de janeiro pela quantidade de provas que ainda não foram analisadas — com possibilidade de nova prorrogação. Segundo apurou a GloboNews, o Exército alegou que o caso “demanda a produção de muitos elementos e do retorno de informações e pesquisas”.

Em outubro, o Exército confirmou que 21 metralhadoras foram furtadas do Arsenal de Guerra em Barueri, na Grande São Paulo. Duas delas ainda estão desaparecidas. Pelo menos seis militares são investigados por participarem diretamente do desvio do quartel, entre eles soldado, cabo, sargento e tenente.

A expectativa dos investigadores do Exército é a de que o inquérito militar seja concluído futuramente com o indiciamento dos suspeitos por furto, peculato, receptação e extravio, com possibilidade de pedido de prisão. Outros dois civis também são investigados e poderão ser indiciados por receptação.

O Inquérito policial militar (IPM) é um procedimento administrativo que apura suspeita de crimes militares, assim como as autorias, para julgamento da Justiça Militar. O IPM serve como base para uma possível ação penal militar, que será acompanhado pelo Ministério Público para que proceda com o oferecimento da denúncia ou do arquivamento.

Em nota, o Comando Militar do Sudeste não deu detalhes do número de militares suspeitos e informou que o “IPM corre sob sigilo e as informações serão passadas com oportunidade assim que finalizado o processo”.

Prisões administrativas

Paralelamente à investigação que pode resultar em penalidades criminais, o Exército decidiu punir administrativamente — até agora — 38 militares, com prisão disciplinar que varia de um a 20 dias, a depender da patente e do grau de envolvimento. As sanções começaram a ser aplicadas no começo de novembro, cerca de um mês após a descoberta do furto das armas.

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