Na madrugada de 9 de janeiro de 2023, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), tomou medidas decisivas para conter o movimento golpista que teve início em Brasília com a depredação dos prédios dos três Poderes. Em duas determinações abrangentes, Moraes ordenou o desmantelamento imediato dos acampamentos pró-Bolsonaro em frente a quartéis e a prisão dos participantes, além de bloquear o acesso à capital para manifestantes.
Em entrevista à CNN, o ministro destacou a importância do afastamento do governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, por 90 dias, como medida preventiva para impedir que outros governos estaduais aderissem à tentativa de golpe, evitando assim um potencial “efeito dominó” entre as polícias militares estaduais. Essas ações foram essenciais para estancar a expansão do movimento golpista.
A falta de ação da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) foi apontada como crucial para a escalada dos acontecimentos. Moraes, alertado por seus filhos nas redes sociais, constatou que os invasores já estavam adentrando o Congresso Nacional. A PMDF, responsável pela segurança, descumpriu o “Protocolo de ações integradas” estabelecido em reuniões prévias, contribuindo para a falta de controle da situação.
O ministro, relator das investigações no STF, indicou que o julgamento do núcleo de executores dos ataques deve ser concluído até abril, com 30 réus já condenados por diversos crimes. Moraes reforçou que o afastamento de Ibaneis e outras medidas adotadas foram cruciais para conter a tentativa de golpe, garantindo responsabilização para todos os envolvidos.