A Andifes (Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior) protestou contra o corte de R$ 310,4 milhões no orçamento das instituições para 2024. Em nota, a entidade disse que é preciso aumentar em R$ 2,5 bilhões os recursos para garantir o funcionamento das universidades, que precisam pagar água, luz, limpeza, vigilância e bolsas aos estudantes, informa a coluna Grande Angular, do Metrópoles.
O corte foi aprovado pelo Congresso Nacional na sexta-feira (22), no Projeto de Lei Orçamentária Anual de 2024. A Andifes afirmou que tentou negociar com o governo federal e o Congresso, mas não obteve sucesso. O orçamento das universidades federais para 2024 ficou em R$ 5.957.807.724, menor do que os R$ 6,2 bilhões de 2023.
A associação destacou que as instituições de ensino superior federais “têm enfrentado redução sistemática dos recursos destinados para funcionamento e investimento” nos últimos anos, ao mesmo tempo em que ocorreu aumento dos números de universidades, de vagas, bem como de cursos de graduação e pós-graduação.
“Além de formarem pessoas com excelência reconhecida nacional e internacionalmente, as universidades federais realizam a maior parte da pesquisa do país e têm ampliado cada vez mais sua atuação na sociedade, como presenciado durante a pandemia de Covid-19 e nas diversas ações diretas para melhoria da vida da população brasileira”, completou a Andifes.
No entanto, “todo o esforço das universidades federais em prol do povo brasileiro não encontra sustentação em orçamento minimamente adequado”, segundo a associação.
A Andifes representa todas as 69 universidades federais e dois centros federais de educação tecnológica do país. A nota divulgada nessa sexta-feira é assinada pela presidente da entidade, a reitora da Universidade de Brasília (UnB), Márcia Abrahão, e pelos vice-presidentes José Daniel Diniz Melo (UFRN), Lucia Campos Pellanda (UFCSPA), Sylvio Mário Puga Ferreira (Ufam) e Valder Steffen Júnior (UFU).