Cerca de R$ 11 milhões foram desviados por um prestador de serviço do Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), por meio do programa Desarma, de acordo com as investigações da Polícia Federal (PF). Ele entregaria armas ao projeto em troca de uma indenização, mas os objetos eram fictícios.
O homem em questão seria Tiago Mantognini, que está preso preventivamente desde dezembro do ano passado, de acordo com o programa Fantástico, da TV Globo.
Tiago é investigado pela PF, e está detido no Centro de Detenção Provisória de São José do Rio Preto, em São Paulo.
Ele foi um dos alvos da Operação Athene, deflagrada pela PF em dezembro do ano passado, e teria realizado a inclusão de quase 27 mil armas fictícias no sistema do MJSP.
O programa Desarma
O programa tem como objetivo estimular a devolução de armas de fogo, munição e acessórios para serem destruídas, além de indenizar parcialmente seus donos.
O Desarma existe desde 2011. Com a entrega, o cidadão é indenizado pelo Governo Federal em valores que variam de R$ 150 a R$ 450.
Entenda como acontecia a entrega de armas fictícias
Tiago, que é técnico de informática, teria fraudado a senha de um policial federal.
“A única pessoa que conhece minhas senhas e tem acesso ao meu celular é você”, teria dito o policial federal que teve a senha fraudada à Tiago.
Ele teria inserido armas fictícias no sistema, forjado suas devoluções e desviado o pagamento delas. A PF busca investigar, agora, como ele teve acesso à senha do policial.
O crime aconteceu de janeiro de 2018 a dezembro de 2022 e, sozinho, Tiago representou mais de 75% de todas as devoluções de São Paulo.
A suspeita é de que ele aplique o golpe desde 2013.
Com informações do Metrópoles.