Apenas uma conversa direta com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva seria capaz de dobrar a resistência de Ricardo Lewandowski, ex-ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), a aceitar o cargo de ministro da Justiça. Segundo Bela Megale, esse contato e um convite feito pelo presidente ainda não ocorreu.
Lewandowski é a primeira opção de Lula, como informou o colunista Lauro Jardim, e apontado pelos antigos pares do STF como único entre os cotados que fala de igual para igual com todos os magistrados da corte sem qualquer aresta.
O ministro aposentado tem ignorado todas as sondagens feitas sobre o tema e não embarca em conversas com políticos e empresários que tentam assuntar se ingressará no governo.
Pessoa próximas a Lewandowski avaliam que a ligação entre ele Lula é direta, o que deslegitima qualquer candidato a interlocutor ou ponte.
Após se aposentar do STF, Ricardo Lewandowski (foto) foi contratado para escrever dois pareceres e atuar como consultor sênior do Grupo J&F, controlador da JBS. dos irmãos Joesley e Wesley Batista, informou o UOL. Segundo a reportagem, o ex-ministro do Supremo, que completou 75 anos recentemente, passou a atuar na equipe jurídica da J&F menos de uma semana depois de sua saída do Supremo por ter atingido a idade da aposentadoria compulsória.
Os valores que Lewandowski recebeu do Grupo J&F pelos serviços são mantidos em sigilo pelas partes envolvidas, mas o UOL destacou que, como uma única causa envolve R$ 15 bilhões, os gastos da J&F com a defesa nos tribunais já estão na casa de centenas de milhões de reais.
