O Senado Federal aprovou a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que visa limitar os poderes de ministros do STF. Esta aprovação, contudo, desencadeou uma reação imediata por parte dos membros da Corte, que viram nos votos favoráveis de aliados do governo uma afronta e uma quebra da harmonia entre os poderes.
Um membro do STF expressou desapontamento com Rodrigo Pacheco, afirmando que o presidente do Senado “queimou as pontes” que havia construído com a Corte. Esta postura foi recebida com frustração, conforme comentários de fontes anônimas, revela a jornalista Daniela Lima, da GloboNews.
A polêmica se estendeu às bancadas partidárias, como foi o caso do líder do governo no Senado. Jaques Wagner, único senador petista a votar a favor da proposta, enfrenta um ultimato do STF: “ou se retira da posição assumida ou as relações entre o STF, o Planalto e o governo ficarão prejudicadas”, destaca o jornal O Estado de S. Paulo.
De acordo com a reportagem, os ministros da Corte avaliam que o endosso de Wagner à proposta é uma “traição rasteira” depois da resistência feita pelo Supremo ao que definiram como “golpe bolsonarista”.
Antes da votação, o ministro da Secretaria de Comunicação Social da Presidência, Paulo Pimenta, destacou que o tema não é uma questão do governo, afirmando que o líder do governo em situações como essa acaba liberando a bancada para decidir.
A votação, marcada por uma mudança de última hora no texto da PEC, gerou conversas intensas entre parlamentares da base do governo e ministros do STF, resultando em alterações significativas no projeto original.