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O Japão, que tem nos últimos tempos focado em uma expansão militar sem precedentes, está em “uma encruzilhada histórica” e deve desenvolver armas nucleares, sugere Barry Gewen, ex-editor do The New York Times.
Citando a “atual situação geopolítica na Ásia” e a “atual confusão em Washington, o Japão realmente não tem outra escolha”, escreveu ele na The National Interest.
Segundo o autor, as circunstâncias que levaram Tóquio, após sua derrota na Segunda Guerra Mundial, a prometer oficialmente que o papel de suas Forças Armadas seria puramente de autodefesa, “não existem mais”. Ao mesmo tempo, o “guarda-chuva nuclear” dos EUA que anteriormente oferecia proteção militar ao Japão foi descrito como “cada vez mais desgastado, provavelmente de modo irreparável”.
O Japão ficou sob o “guarda-chuva nuclear” dos EUA após sua rendição na Segunda Guerra Mundial, com a condição de não produzir armas nucleares.
Uma China cada vez mais assertiva, a Coreia do Norte com sua influência militar em expansão e a Rússia foram citadas como razões pelas quais as garantias de proteção dos EUA poderiam ostensivamente não servir mais como base para a segurança do Japão.
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18 de novembro, 04:40
Além disso, Gewen ressaltou que Washington demonstrou muitas vezes que perseguiria seus interesses nacionais, mesmo que prejudicasse os interesses de seus aliados.
“Os EUA provaram ser impetuosos e hipócritas, cancelando acordos com a Rússia, invadindo o Iraque e o Afeganistão e intervindo na Líbia com pouca consideração pelas consequências a longo prazo”, enfatiza a matéria.
O Japão não deveria depender de “decisões de líderes impulsivos e não confiáveis em Washington”, concluiu o autor do artigo.