Integrantes do PL e PT, partidos que ingressaram com um pedido de cassação do ex-juiz suspeito e senador Sergio Moro (União Brasil-PR) junto ao Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR),não acreditam que o parlamentar irá comparecer à audiência marcada para o dia 7 de dezembro. As acusações contra Moro estão relacionadas a despesas eleitorais e podem resultar na perda do seu mandato.
“Prevista inicialmente para o último dia 16, a oitiva foi adiada a pedido da defesa do ex-juiz da Lava-Jato, mas, de acordo com quadros dessas duas siglas, corre o risco de sequer ser realizada”, destaca a coluna do jornalista Lauro Jardim, do jornal O Globo.
A análise se baseia nas provas apresentadas à Justiça Eleitoral pelo Podemos e União Brasil, partidos anterior e atual de Moro, respectivamente. Essas evidências, segundo PL e PT, consistem em numerosas notas fiscais e contratos que indicariam que Moro ultrapassou o limite legal de R$ 4,4 milhões estabelecido para os gastos durante sua pré-campanha em 2022. Responder a perguntas sobre esses documentos poderia complicar ainda mais a situação de Moro.
“Como não é obrigado a depor, Moro pode não se apresentar ao TRE e deixar que o processo seja concluído sem que ele preste informações pessoalmente — a defesa dele, no entanto, deve se encarregar de fazê-lo. É esse o caminho que os algozes de Moro acreditam que ele vai escolher”, ressalta a reportagem.