O governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), rejeitou veementemente as declarações do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) a seu respeito. Lula, em entrevista ao jornal O Globo, afirmou que um alegado “pacto” envolvendo Ibaneis, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), a Polícia do Exército e parte da força de segurança local teria possibilitado ataques antes dos eventos golpistas de 8 de janeiro.
Diante das alegações de Lula, Ibaneis Rocha optou por “ignorar” as acusações, afirmando estar de férias e determinado a não deixar que nada perturbe seu descanso, segundo reportagem do Estado de S. Paulo. Apoiador declarado da reeleição de Bolsonaro, o governador foi temporariamente afastado do cargo pelo ministro Alexandre de Moraes do Supremo Tribunal Federal (STF) após os incidentes golpistas, sob alegação de conduta “dolosamente omissiva” diante dos ataques aos prédios públicos.
Além disso, Ibaneis anunciou que não participará do evento em memória aos acontecimentos de 8 de janeiro no Congresso Nacional. Em seu lugar, a vice-governadora Celina Leão (PP), que assumiu interinamente durante o afastamento do governador, representará o governo do DF no evento.
No cenário político nacional, a ausência de outros governadores também foi destacada. O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), encontra-se na Europa, enquanto o vice-governador Felicio Ramuth (PSD) não estará presente em Brasília. O governador Cláudio Castro (PL) do Rio de Janeiro está indeciso quanto à sua participação, e a presença do governador Romeu Zema (Novo) de Minas Gerais ainda não foi confirmada. Outros governadores, como Ratinho Júnior (PSD) do Paraná, Mauro Mendes (União) do Mato Grosso, Gladson Cameli (PP) do Acre e Wilson Lima (União) do Amazonas, também não irão comparecer ao evento no Congresso na próxima segunda-feira.