Financiamentos do BNDES às exportações atingem maior patamar desde 2016 e chegam a US$ 1,6 bilhão


Os desembolsos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para financiar a exportação de bens produzidos no Brasil neste ano atingiram US$ 1,6 bilhão, maior patamar desde 2016 e maior que o total desembolsado nos anos de 2021 e 2022 somados.

A estratégia de retomada dos desembolsos é liderada pela atual direção do banco, sob o comando de Aloizio Mercadante, e a meta, segundo a Folha de S. Paulo, é dobrar o tamanho dos desembolsos até 2026, último ano do mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

“Um dos pilares da agenda de neoindustrialização é um setor industrial exportador importante, que ganha mercado, ganha escala, gerando mais emprego aqui no Brasil”, disse o diretor de Desenvolvimento Produtivo, Inovação e Comércio Exterior do BNDES, José Luis Gordon.

“Nos aproximamos do setor empresarial, fizemos uma linha de US$ 2 bilhões, reduzindo em até 60% o spread do banco para a exportação. Isso gerou uma demanda de US$ 4 bilhões em projetos para o pré-embarque [que financia a produção dos bens que serão exportados]”, completou o executivo.

Ainda conforme a reportagem, a Embraer é a principal demandante da linha de crédito. O banco de fomento já aprovou um apoio de quase R$ 10 bilhões neste ano, em valores convertidos, para a empresa.

O BNDES também busca retomar o financiamento à exportação de serviços, suspenso desde 2016 devido a investigações da Operação Lava Jato. O governo Lula enviou um projeto de lei ao Congresso para autorizar essa retomada, e aguarda a aprovação do Congresso para implementar esta modalidade de crédito.

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