A Polícia Federal deflagrou nesta quinta-feira (7) uma operação para desarticular uma milícia que atua na Bahia. Segundo a corporação, o chefe da organização é um político atualmente detentor de foro por prerrogativa de função.
O blog da jornalista Camila Bomfim, no portal g1, apurou que trata-se do deputado estadual Kleber Cristian Escolano de Almeida, conhecido como Binho Galinha.
O parlamentar foi alvo de busca e apreensão. Por ser considerado o chefe do grupo criminoso, a PF chegou a pedir a prisão dele, mas a 1ª Vara Criminal de Feira de Santana negou, autorizando somente a busca.
A Justiça ainda determinou o bloqueio de mais de R$ 700 milhões das contas bancárias dos investigados e o sequestro de 26 propriedades urbanas e rurais, além da suspensão de atividades econômicas de seis empresas.
Ao todo, são dez mandados de prisão preventiva e 33 mandados de busca e apreensão. Segundo a PF, 200 policiais federais participam da operação.
Durante a investigação, a Receita Federal encontrou inconsistências fiscais dos investigados, movimentação financeira incompatível, assim como propriedade de bens móveis e imóveis não declarados e indícios de lavagem de dinheiro.
O inquérito aponta ainda para a “participação de três policiais militares do estado da Bahia, os quais integrariam o braço armado do grupo miliciano, cujas atribuições seriam de efetuar cobranças, mediante violência e grave ameaça, de valores indevidos oriundos de jogos ilícitos e empréstimos a juros excessivos”.