SPUTNIK
Ao longo dos últimos anos, o governo chinês tem intensificado a repressão de supostos espiões que trabalham para os EUA no país.
A Agência Central de Inteligência dos EUA (CIA, na sigla em inglês) está lutando para reconstruir sua desmantelada rede de espionagem na China, relataram ao The Wall Street Journal (WSJ) autoridades estadunidenses na condição de anonimato.
Segundo eles, o objetivo é restaurar as “capacidades de informação humana” da CIA na República Popular da China, onde a agência perdeu sua rede de agentes há uma década.
As fontes referiram-se ao que descreveram como agentes de contraespionagem de Pequim, que “quase cegaram” os agentes da CIA na China na época, quando os oficiais relataram que pelos menos “duas dúzias de funcionários” que forneciam informações aos EUA foram executados ou colocados atrás das grades.
As autoridades alegaram que os EUA atualmente se debatem com uma compreensão limitada dos planos secretos do presidente chinês Xi Jinping e seus associados sobre questões-chave de segurança, incluindo as relativas a Taiwan.
“Não temos uma visão real dos planos e intenções de liderança [chineses] na China”, disse uma fonte.
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As autoridades dos EUA acrescentaram que os detalhes do que deu errado não são conhecidos ao público e não está claro se alguns dos funcionários da CIA foram responsabilizados. Um funcionário observou que as perdas da agência na China eram “terríveis”.
As alegações vieram depois que o diretor da CIA, William Burns, disse em uma entrevista ao WSJ que a China continua no topo da lista de objetivos da agência.
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Israel mata general da Guarda Revolucionária do Irã; Teerã promete resposta
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Sayyed Razi Mousavi era conselheiro sênior responsável pela coordenação da aliança militar entre a Síria e o Irã. Presidente iraniano diz que Israel pagará pelo crime.
Um ataque aéreo perpetrado por Israel, nesta segunda-feira (25), próximo à capital síria Damasco, resultou na morte do conselheiro sênior da Guarda Revolucionária do Irã (GRI), Sayyed Razi Mousavi, que era responsável pela coordenação da aliança militar entre a Síria e o Irã.
O ataque ocorreu no subúrbio do distrito de Zeinabiyah, como parte de uma ofensiva israelense contra alvos do Irã na Síria, onde a influência de Teerã tem se fortalecido desde que o Irã passou a apoiar o governo do presidente sírio Bashar al-Assad na guerra que eclodiu na Síria em 2011.
Israel realiza bombardeios contra a Síria desde 2011, mas após os ataques do Hamas no dia 7 de outubro as ações foram intensificadas, o que levou ao temor da comunidade internacional de um possível acirramento do conflito, que só em Gaza provocou a morte de mais de 14,5 mil palestinos.
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O governo iraniano prometeu resposta a Israel pela morte de Mousavi, segundo noticiou a agência de notícias iraniana IRNA. Segundo a agência, o presidente iraniano, Ebrahim Raisi, prestou condolências à família de Mousavi e aos seus companheiros na GRI.
Ele classificou o conselheiro sênior como mártir e disse que ele agora está na companhia do tenente-general Qassem Soleimani, morto em 2020, em um ataque dos EUA próximo ao Aeroporto Internacional de Bagdá.
Segundo a agência, Raisi disse que o martírio de Mousavi “é mais um sinal da frustração e da fraqueza do regime sionista de ocupação na região”, e sublinhou que Israel pagará pelo crime.
Também nesta segunda-feira, o ministro das Relações Exteriores do Irã, Nasser Kanaani, concedeu uma coletiva de imprensa, na qual abordou o ataque realizado por Israel na noite do dia 24, véspera de Natal, contra o campo de refugiados al-Maghazi, localizado na Faixa Gaza, que deixou pelo menos 70 mortos.
Segundo reportou a IRNA, Kanaani disse que o ataque israelense durante a celebração de Natal expôs as “atrocidades do regime sionista e a falta de orientação moral de Israel”.
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“Testemunhamos que cristãos cancelaram as suas celebrações [de Natal] no local de nascimento de Cristo em solidariedade com os palestinos, e é uma fonte de pesar que o regime sionista não tenha cessado os seus crimes mesmo na véspera do nascimento de Cristo”, disse Kanaani.
“Fotos horríveis dos seus crimes foram publicadas naquela noite, mostrando que mais de 70 palestinos foram mortos no bárbaro bombardeio contra o campo de al-Maghazi. Esse crime mostrou, mais uma vez, que o regime sionista não adere a nenhum dos princípios divinos, religiosos e internacionais”, acrescentou o ministro.
Kanaani afirmou ainda que a resolução aprovada recentemente pelo Conselho de Segurança da ONU sobre a situação em Gaza “mostrou mais uma vez o pleno papel de apoio dos Estados Unidos ao regime sionista”. Segundo o ministro, a resolução é nula e impossível de ser executada.
“Com a objeção dos Estados Unidos, não há nenhuma cláusula nas disposições desta resolução que exija esforços imediatos para cessar os crimes [cometidos em Gaza]”, disse o ministro.