Os cerca de 150 analistas do mercado financeiro consultados semanalmente pelo Banco Central (BC) aumentaram a estimativa de inflação para 2023 e 2024, depois de seguidas projeções de queda. A previsão para o Produto Interno Bruto (PIB) de 2025 recuou. Também caíram as estimativas para a taxa de juros em 2025 e para o câmbio em 2023, 2024 e 2026. É isso o que mostra o Relatório Focus, divulgado nesta segunda-feira (04/12).
De acordo com a consulta do BC, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial do país, deve terminar este ano em 4,54%. Na semana passada, a projeção era de 4,53% e, na anterior, de 4,55%. O número divulgado nesta semana quebra uma série de quedas da estimativa feita pelo mercado para a inflação em 2023, embora a redução tenha sido de apenas 0,1 ponto percentual.
Desde 16/10, no entanto, a projeção do IPCA deste ano permanece dentro da meta de inflação, fixada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). Para 2023, ela foi definida em 3,25%. Como há um intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo, o objetivo será alcançado se a inflação ficar entre 1,75% e 4,75%.
Em relação ao ano que vem, os economistas consultados pelo BC também aumentaram a estimativa do IPCA. Ela passou de 3,91% para 3,92% ao ano. Para 2025 e 2026, ela permaneceu em 3,5%, como vem ocorrendo nas últimas semanas.
PIB
Segundo o Focus, o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil deve crescer 2,84% em 2023. O mesmo número da semana passada. Para 2024, a previsão de crescimento da economia ficou estável em 1,5%. Ela caiu, entretanto, de 1,93% para 1,90% para 2025.
DÓLAR
A previsão do dólar para 2023 registrou redução de R$ 5,00 para R$ 4,99. Para 2024, ela também caiu de R$ 5,05 para R$ 5,03. Para 2025, a estimativa permanece em R$ 5,10 e, para 2026, ela recuou de R$ 5,18 para R$ 5,16.
SELIC
Em relação à taxa básica de juros da economia, a Selic, o mercado financeiro manteve a estimativa para o fim de 2023 em 11,75% ao ano. Para 2024, a projeção seguiu em 9,25% ao ano. Para 2025, ela caiu de 8,75% para 8,50%.
Na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), a Selic foi reduzida em 0,5 ponto percentual, para 12,25% ao ano. Foi o terceiro corte da taxa básica de juros desde agosto. A próxima reunião do colegiado, a última do ano, está marcada para os dias 12 e 13 de dezembro.
A taxa básica de juros é o principal instrumento do BC para controlar a inflação. A Selic é utilizada nas negociações de títulos públicos emitidos pelo Tesouro Nacional no Sistema Especial de Liquidação e Custódia (Selic) e serve de referência para as demais taxas da economia.
RELATÓRIO FOCUS
O Relatório Focus resume as expectativas de mercado coletadas até a sexta-feira anterior à sua divulgação. O boletim é divulgado sempre às segundas-feiras.
Com informações do Metrópoles.