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O Banco de Desenvolvimento da América Latina (CAF, na sigla em espanhol) aprovou nesta sexta-feira (15) um empréstimo de US$ 960 milhões (cerca de R$ 48 bilhões) para a Argentina. O objetivo é que o país possa cumprir com os juros da dívida pendente junto ao Fundo Monetário Internacional (FMI), de cerca de US$ 44 bilhões (cerca de R$ 220 bilhões).
A operação foi analisada em reunião virtual extraordinária do Conselho de Administração do banco, que conta atualmente com 21 países acionistas. O empréstimo tem previsão de ocorrer em curto prazo.
🟢 En sesión extraordinaria el #DirectorioCAF acaba de aprobar por unanimidad un préstamo puente de liquidez de corto plazo a favor de Argentina por USD 960 millones, con el objetivo de apoyar a este país a cubrir el pago de servicio de deuda con el Fondo Monetario Internacional… pic.twitter.com/QjNqEHBuZ9— CAF (@AgendaCAF) December 15, 2023
O empréstimo foi aprovado há menos de uma semana da posse do novo presidente da Argentina, Javier Milei. Quando iniciou a campanha presidencial, a taxa de inflação do país havia ultrapassado 100%, em fevereiro, atingindo quase 143% em outubro. Em novembro, a inflação se aproximou de 13%, e alcançando cerca de 161% no ano.
Em outubro, o Banco Central chinês disponibilizou US$ 6,5 bilhões (cerca de R$ 31 bilhões) ao país sul-americano pela linha de swap cambial, após uma reunião entre o então presidente argentino Alberto Fernández e seu homólogo chinês, Xi Jinping, em Pequim. O dinheiro foi utilizado para pagar parte da dívida com o FMI.
No início da semana, Milei enviou carta a Xi Jinping, não apenas para reparar a diplomacia que esteve prestes a romper, mas, sobretudo, para não perder o processo de renovação do swap cambial com Pequim em yuans que equivale a US$ 5 bilhões (cerca de R$ 25 bilhões).
Governo Milei ainda quer dolarização e fechar Banco Central da Argentina, diz ministro da Economia
Ontem, 07:55
O ministro da Economia da Argentina, Luis Caputo, que comandou o Banco Central na época do ex-presidente Mauricio Macri, anunciou mais cedo que o objetivo do novo governo continua sendo o de promover o dólar dos EUA como moeda oficial do país, com forte desvalorização do peso já executada durante esta semana.
Javier Milei, presidente da Argentina, ainda pretende acabar com o peso argentino depois de desvalorizar drasticamente a moeda como parte de uma rodada inicial de “terapia de choque”, afirmou o ministro da Economia argentino.