O presidente Lula (PT) discursou nesta quinta-feira (1) no ato de posse de Ricardo Lewandowski como ministro da Justiça e Segurança Pública e deu ênfase na necessidade de combater firmemente o crime organizado. Segundo ele, as facções criminosas têm tentáculos em todas as atividades sócio-econômicas, do futebol à política. “O crime organizado não é uma coisa de uma favela, não é uma coisa de uma cidade, de um estado. O crime organizado é uma indústria multinacional de fazer delitos internacionais. E o crime organizado está em toda atividade desse país. Se a gente quiser pegar do futebol ao poder Judiciário, à classe política brasileira e à classe empresarial, o crime organizado está metido, e mancomunado com gente nos Estados Unidos, com o crime organizado da França, da Suécia, da Holanda. Ou seja, é uma multinacional com muito poder”.
Na sequência, Lula reafirmou que não cabe ao governo promover interferências na Polícia Federal e nem nas políticas de segurança dos estados. “Ninguém persegue ninguém, a Polícia Federal não persegue ninguém, o governo federal não quer se intrometer a fazer a política de segurança nos estados. O que nós queremos é construir com os governadores dos estados as parcerias necessárias para que a gente possa ajudar a combater o crime”.
O presidente também rasgou elogios ao novo ministro e a Flávio Dino, que deixa o comando da pasta para assumir uma cadeira no Supremo Tribunal Federal (STF). “A única coisa que eu quero que você tenha certeza é de que eu estou indicando para ser ministro da Justiça no lugar do Flávio Dino um homem que eu respeito, que tenho 100% de confiança”.
“Não é em qualquer momento histórico que uma nação tem o direito de entregar para a Suprema Corte uma pessoa da qualidade do Flávio Dino e não é em qualquer momento histórico que uma nação pode entregar para ser ministro da Justiça um homem da qualidade do Lewandowski”, afirmou.