Adeus a dona Ogladys Volpato Tognolli: por Claudio Tognolli

Desde os sete anos de idade ela me botou para estudar música com os melhores professores. Quando entrei em 5 faculdades, ela foi a maior incentivadora para que eu cursasse jornalismo na ECA-USP.

Eu soube anos depois: ela descobriu que eu pegara primeiro lugar no curso Abril para jovens jornalistas. Mas eu não era chamado para trabalhar. Só comecei depois que ela foi pessoalmente no Panamby dar um pitado no Alberto Dines, que logo depois me chamou para o trabalho.

Dona Nena, como era chamada, tocava piano e quis fazer de minha irmã, Dora Tognolli, uma pianista profissional.

Claudio Tognolli, meu pai, morreu de septicemia em 1982, quando eu contava 19 anos. Dona Nena ficou viúva por 8 anos. Casou-se com Claudio Picazio, homem de negócios bem sucedido e exímio pianista. Claudio foi editor e secretário particular do espírita Pietro Ubaldi, amigo de Albert Einstein.

Quando Claudio se foi, há 4 anos, passei a cuidar de dona Ogladys, de resto uma exímia cozinheira. Tive o infarto há quase dois anos, e ela foi morar num asilo.

Neste 11 de janeiro ela partiu. Dona Ogladys fez do amor aos filhos sua profissão de fé.

Sua paixão mais recente era Numa Rigueira Dantas Levy, minha esposa, a quem mimoseou com um conjunto de 3 anéis em ouros diferentes.

Dona Nena exercia ofício de amar os filhos e aos próximos em uma classe de luz diversa: a dos amores sobrepostos, daí inesgotáveis…

Mãe, eu ti amo.

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