Um ano se passou desde os atos golpistas de 8 de janeiro de 2023, que abalaram a capital federal, resultando na prisão de mais de 2 mil pessoas. Neste período, apesar dos executores estarem detidos e aguardando julgamento, as investigações ainda não conseguiram responsabilizar os mentores ou qualquer cúpula envolvida no planejamento desses eventos.
Os ataques ocorreram no início do mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em resposta à não aceitação dos resultados eleitorais por parte dos apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro. Este último, inclusive, foi indiciado pela Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do Congresso, mas até agora não enfrentou uma denúncia formal na Justiça.
Apesar de 2.170 pessoas terem sido presas e mais de mil denunciadas pela Procuradoria-Geral da República (PGR) por atos antidemocráticos, a lista de detidos e condenados não inclui os mentores ou políticos, como aponta reportagem do Estado de S. Paulo neste domingo. O prejuízo causado aos Três Poderes foi estimado em R$ 12 milhões, conforme informações do Supremo Tribunal Federal (STF).
Em 2024, o Judiciário e o Ministério Público afirmam que continuarão a investigar os financiadores e mentores da tentativa de golpe, incluindo autoridades públicas. O ministro Alexandre de Moraes, relator do inquérito, assegurou que todos os responsáveis, civis e militares, serão processados e punidos.