O ex-presidente Jair Bolsonaro estará longe de Brasília no dia 8 de janeiro, data que marca um ano dos ataques golpistas promovidos por seus apoiadores nos prédios dos Três Poderes. Segundo informação publicada pelo portal Metrópoles e confirmada pelo jornal O GLOBO, o político estará em sua casa de veraneio, em Angra dos Reis, no Rio de Janeiro, onde deverá permanecer até o fim de janeiro.
De acordo com assessores, Bolsonaro chegou no imóvel da família ainda nesta quarta-feira. O ex-presidente estava em São Miguel dos Milagres, em Alagoas, onde passou o ano novo hospedado na pousada de Gilson Machado, que foi titular da pasta de Turismo durante seu governo.
A pousada do ex-ministro é o Villas Taturé, uma acomodação de luxo que, de acordo com informações do site Booking.com, tem diárias em torno de R$ 3,5 mil. O valor é referente à hospedagem de um casal em uma vila de 40m², com piscina privativa, varanda e vista para o mar. O empreendimento fica na Praia do Toque, uma das mais turísticas da região.
8 de Janeiro
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) anunciou no começo de dezembro detalhes do evento que será promovido em Brasília na data que marca um ano dos ataques. O evento, segundo ele, tem o objetivo de “lembrar o povo que houve uma tentativa de golpe, que foi debelado pela democracia deste país”.
No último ano, Bolsonaro estava nos Estados Unidos quando seus apoiadores invadiram e depredaram os prédios do Supremo Tribunal Federal (STF), do Congresso e o Palácio do Planalto. No entanto, o ex-presidente chegou a ser investigado por incentivar os atos e chegou a prestar depoimento na Polícia Federal após ter compartilhado, dois dias após os atos antidemocráticos, um vídeo que sugeriu, sem apresentar provas, que a eleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi fraudada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e pelo STF.
Bolsonaro chegou a defender em outubro de 2023 pessoas que foram presas nos ataques antidemocráticos do 8 de janeiro. De acordo com ele, caso ainda estivesse no exercício de seu mandato na data do ocorrido, as punições não seriam tão severas.
— Se queremos viver em democracia, (é preciso) respeitar a lei e o devido processo legal e individualizar a conduta de cada um. E não ao querer fazer justiça, cometer uma grande injustiça. Quero dizer a vocês que se eu continuasse na Presidência, isso tudo não teria ocorrido. Nós lamentamos o ocorrido. Esperamos que isso seja desfeito brevemente e que essas pessoas fiquem livres. E que as que foram condenadas a 17 anos de cadeia, que fiquem livres dessa pena também — falou.
Com informações do GLOBO.