Na quarta-feira, diversos documentos judiciais que identificam associados do notório criminoso sexual Jeffrey Epstein foram tornados públicos. Nomes de destaque nos documentos incluem o Príncipe Andrew, o ex-presidente dos EUA Bill Clinton, Michael Jackson e David Copperfield. Os documentos fazem parte do processo movido pela vítima de Epstein, Virginia Giuffre, contra Ghislaine Maxwell, que foi condenada em dezembro de 2021 por tráfico sexual e acusações relacionadas. Os documentos recentemente revelados contêm trechos de depoimentos e petições nesse caso, lançando luz sobre diversos aspectos dos associados de Epstein. A inclusão de um nome na lista não implica acusações de má conduta, segundo reportagem do The Guardian.
Em um depoimento, Maxwell admitiu a visita do Príncipe Andrew à ilha de Epstein nas Ilhas Virgens Americanas, onde Epstein foi acusado de abusar de diversas garotas. O depoimento de Giuffre incluiu detalhes de encontros com Michael Jackson e David Copperfield nas propriedades de Epstein. Além disso, os documentos mencionaram a associação de Donald Trump a Epstein, esclarecendo que o ex-presidente dos EUA não é acusado de má conduta.
O depoimento divulgado de Johanna Sjoberg, supostamente recrutada por Maxwell para atos sexuais com Epstein, implicou Clinton em uma conversa onde Epstein afirmou que “Clinton gosta das mais jovens”. O porta-voz de Clinton negou essas alegações em 2019. O depoimento de Sjoberg também detalhou encontros com Trump e o Príncipe Andrew.
Os documentos fazem parte do processo civil de Giuffre, encerrado em 2017, e processos subsequentes contra o Príncipe Andrew, encerrados no início de 2022. Os esforços do Miami Herald resultaram na divulgação de várias tranches de petições no caso de Giuffre. Maxwell, condenada em junho de 2022 a 20 anos de prisão, está recorrendo da sentença, mantendo sua inocência. Os advogados de Maxwell afirmaram que os documentos divulgados não têm relevância para o apelo pendente.