Procurador do MPSP que ganha R$ 48 mil está em “falência” há 16 anos

Metropoles

Luiz Vassallo

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Reprodução/TV PUC

PROCURADOR DE JUSTIÇA PEDRO HENRIQUE DEMERCIAN - METRÓPOLES

São Paulo — Com salário líquido de R$ 48 mil, um procurador do Ministério Público de São Paulo (MPSP) está há 16 anos em processo de insolvência civil, semelhante ao de falência das empresas, mas para pessoas físicas. Pedro Henrique Demercian (foto em destaque) acumula dívida de R$ 653 mil. Ele levou 10 anos para propor o pagamento de metade do valor aos credores e tem sido contestado pela própria instituição em que trabalha.

O processo acumula 1,5 mil páginas em cinco volumes na Justiça. Parte das folhas está amassada e rasgada pelo efeito do tempo, e as capas estão remendadas com fita adesiva. O primeiro volume foi aberto no dia 2 de outubro de 2007, quando Demercian afirmou à Justiça que suas dívidas eram maiores do que seu patrimônio, de R$ 100 mil. Só no último ano, somados salários e outros benefícios de procuradores, ele ganhou R$ 735 mil líquidos.

PROCURADOR DE JUSTIÇA PEDRO HENRIQUE DEMERCIAN - METRÓPOLES

Procurador de Justiça Pedro Henrique Demercian Reprodução/TV PUC

PROCURADOR DE JUSTIÇA PEDRO HENRIQUE DEMERCIAN DIZ QUE VAI FICAR SEM ARROZ E FEIJÃO SEM PROCESSO DE INSOLVÊNCIA - METRÓPOLES

Em em processo de insolvência, procurador de Justiça Pedro Henrique Demercian afirma que ficará sem arroz e feijão Reprodução

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PROCURADOR DE JUSTIÇA PEDRO HENRIQUE DEMERCIAN - METRÓPOLES

Procurador de Justiça Pedro Henrique Demercian Reprodução/TV PUC

PROCURADOR DE JUSTIÇA PEDRO HENRIQUE DEMERCIAN DIZ QUE VAI FICAR SEM ARROZ E FEIJÃO SEM PROCESSO DE INSOLVÊNCIA - METRÓPOLES

Em em processo de insolvência, procurador de Justiça Pedro Henrique Demercian afirma que ficará sem arroz e feijão ReproduçãoVoltarProgredir

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Em um processo como esse, todas as cobranças são reunidas e só são pagas quando o falido faz uma proposta de pagamento, que precisa ser aprovada pelos credores. Durante o curso do processo de insolvência, ele fica blindado de bloqueios em suas contas e um síndico administra todo o seu patrimônio tido como não essencial para pagar contas corriqueiras.

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Em uma planilha, que reúne desde gastos com empregada doméstica, carro, animais de estimação e até ginástica laboral, Demercian diz ter gastos básicos mensais de R$ 21 mil. À Justiça ele afirmou que, como promoção de sua carreira, mudou-se para São Paulo e acabou se endividando demais. Deu aulas em faculdade e cursinho, mas os empréstimos viraram uma bola de neve, principalmente depois do aumento de sua família. Pediu até mesmo Justiça Gratuita, que é concedida a quem não tem condições de pagar pelas despesas do processo.

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